Valeska Bruzzi explica como essa teoria tem auxiliado mulheres a se destacarem no digital

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Com a pandemia de Covid-19 assolando o planeta, muitas pessoas precisaram se reinventar no âmbito profissional. Com o índice de desemprego aumentando, muitos negócios e empreendimentos próprios começaram a surgir. Segundo dados do Mapa de Empresas, divulgados pelo Ministério da Economia, houve um crescimento de 8,9% na abertura de MEI’s, em comparação ao ano de 2019. Das 3.359.750 empresas abertas, 2.663.309 eram da modalidade microempreendedor individual.

 Dentre tantos empreendimentos, chama a atenção o crescimento das mulheres que decidiram se aventurar nessa área. Segundo dados da Rede Mulher Empreendedora, houve um crescimento de 40% no número de mulheres que começaram seu próprio negócio.

 Ainda que o número esteja em crescimento, essas mulheres ainda esbarram em algumas dificuldades, principalmente quando migram para o digital com o intuito de alcançar seu público alvo. O desconhecimento de técnicas de marketing são alguns dos principais problemas enfrentados.

 Segundo a especialista em marketing digital, Valeska Bruzzi (foto) os principais pilares que as empreendedoras precisam dominar para se sobressair nas redes sociais são:

● Dominar as habilidades básicas nas redes: compreender a linguagem, o ambiente, como ocorrem as interações entre os usuários;

● Ser competente dentro do seu nicho: erra quem pensa que a superficialidade vence na internet. O mercado se qualificou muito na pandemia;

● Parecer ser competente: em um mar de opções de entretenimento, a audiência só cede seu tempo quando nos primeiros segundos identifica ali os sinais visuais da competência.

Outro ponto que, segundo a especialista, também é necessário, principalmente é a atenção ao arquétipo empregado ao seu negócio. Isso auxiliará na formação de vínculos e conexões com a audiência.

Mas o que é arquétipo?

A teoria foi desenvolvida pelo psiquiatra e psicoterapeuta Carl Jung, segundo o pesquisador, existe uma espécie de ‘inconsciente coletivo’. Esse inconsciente funcionaria como uma união de diversos materiais que vão passando de geração para geração, uma espécie de herança psicológica. Para Jung, o arquétipo é justamente isso, um padrão responsável por moldar pessoas, objetos e conceitos. Alguns dos arquétipos mais comuns são o do Sábio, do Herói, do Criador, dentre outros.

Arquétipo no empreendimento feminino

Um dos maiores exemplos de empreendedorismo feminino é Gabrielle Chanel. A estilista conseguiu modificar o paradigma que propõe o homem como um ser mais inteligente e mais competente que a mulher. Gabrielle criou, inovou e criou uma das marcas mais importantes do mundo, a Coco Chanel. Com isso, a estilista deixou um legado e hoje representa o arquétipo da mulher empreendedora e inovadora.

Atualmente, muitas mulheres envolvidas no marketing digital, se baseiam nessa estratégia dos arquétipos para alcançar o sucesso no seu empreendimento. Segundo a especialista Valeska Bruzzi, muitas pessoas ainda desconfiam da efetividade e seriedade do meio digital e para isso é preciso se sobressair. A mulher que deseja usufruir do poder dos arquétipos, deve pensar naquele que melhor dialoga com seu público:

– Quem trabalha com moda, por exemplo, pode se beneficiar tanto do arquétipo do criador (utilizando aqueles elementos que nos levam a rotular facilmente a pessoa como criativa) e como do amante, demonstrando o poder de sedução do que está sendo transmitido ali. 

A especialista segue a explicação:

– Todos nós temos diversas possibilidades arquetípicas dentro da gente, cabendo a nós o exercício de auto análise e identificação de qual arquétipos ativar em um ou outro contexto – explica.

Ainda que esse assunto divida opiniões, Valeska acredita que o marketing digital feito com base em arquétipos é um fator que agrega valor às mulheres que empreendem e decidiram se aventurar pela internet, principalmente quando falamos de arquétipos ligados ao sagrado feminino.

Por fim, Valeska Bruzzi relembra o momento em que decidiu trazer os arquétipos para a sua carreira:

– Quando eu entendi que ser competente não bastava, mas que era também necessário o tal do “parecer” competente, trouxe toda a estratégia dos arquétipos na minha identidade visual e posicionamento digital. O primeiro arquétipos explorado foi o do herói, que casou muito bem com minha história de vida e com o momento que estávamos vivendo em 2020. Isso mudou completamente o meu jogo – finalizou.

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