Juliana Paes fala sobre impacto da sobrecarga de trabalho na saúde mental; especialista alerta para sinais de alerta

Juliana Paes compartilhou detalhes sobre o período difícil que enfrentou em relação à saúde mental em entrevista à revista Quem na última quarta-feira (17/9). A atriz revelou ter passado por episódios de depressão e ansiedade, consequência de uma rotina intensa de trabalho, e contou que recorreu a medicação contínua e sessões de terapia para se …

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Juliana Paes compartilhou detalhes sobre o período difícil que enfrentou em relação à saúde mental em entrevista à revista Quem na última quarta-feira (17/9). A atriz revelou ter passado por episódios de depressão e ansiedade, consequência de uma rotina intensa de trabalho, e contou que recorreu a medicação contínua e sessões de terapia para se recuperar.

“Meu processo de adoecimento começou muito antes, mas a pandemia agravou tudo. Estava exausta, com uma carga mental enorme, tentando dar conta de diversas responsabilidades ao mesmo tempo”, disse Juliana.

A psicóloga Denise Milk alerta que casos como o da atriz são um sinal de atenção. “Quando assumimos muitas tarefas simultaneamente, o corpo permanece em estado de alerta constante. O cérebro libera hormônios do estresse, como o cortisol, que afetam mente e corpo. Isso pode gerar insônia, dificuldade de concentração, esquecimentos, irritabilidade e sensação de incapacidade. É como viver em modo de emergência, o que não é sustentável”, explica a especialista.

Denise ressalta que a negligência com a saúde mental pode evoluir para transtornos como ansiedade e depressão. “A ansiedade aparece ao anteciparmos riscos e prazos, enquanto a depressão surge quando sentimos que, mesmo fazendo muito, não damos conta. Isso compromete a autoestima, drena energia e gera sensação de impotência”, alerta.

A especialista também chama atenção para sinais corporais e emocionais que indicam necessidade de cuidado. “Mudanças no sono, crises de choro, irritabilidade, perda de interesse em atividades prazerosas, isolamento social, taquicardia ou dores físicas são indícios de que a mente e o corpo estão pedindo atenção. Quanto antes buscarmos ajuda, melhor para evitar agravamentos”, orienta Denise.

Segundo a psicóloga, se os sintomas se mantêm por semanas e prejudicam o desempenho no trabalho ou nas relações pessoais, é hora de agir. “Pedir ajuda não é fraqueza, é inteligência emocional. Se o mal-estar supera os momentos de bem-estar, é sinal de que precisamos de suporte profissional”, reforça.

Denise destaca a terapia como ferramenta essencial tanto para prevenção quanto para tratamento. “A terapia oferece um espaço para organizar emoções, estabelecer limites, desenvolver estratégias de enfrentamento e recuperar o protagonismo da própria vida. Ela previne que a sobrecarga se transforme em transtornos mais graves, promovendo uma vida mais equilibrada, leve e saudável”, conclui.