Charles Hermann comenta trajetória na moda: “Beleza abre portas, mas não mantém carreira”
Natural da Bahia, Charles Hermann iniciou sua caminhada no mundo da moda aos 15 anos, quando venceu um concurso de modelos em Salvador. Após desfiles e campanhas para grandes marcas, decidiu migrar para os bastidores e hoje ocupa o cargo de diretor criativo da Victoria Alta Costura, grife que o projetou nacionalmente e tem expandido …

Natural da Bahia, Charles Hermann iniciou sua caminhada no mundo da moda aos 15 anos, quando venceu um concurso de modelos em Salvador. Após desfiles e campanhas para grandes marcas, decidiu migrar para os bastidores e hoje ocupa o cargo de diretor criativo da Victoria Alta Costura, grife que o projetou nacionalmente e tem expandido sua presença internacionalmente, atendendo clientes na África do Sul, Dubai, Paris, Itália e Suíça.
“Comecei como modelo, mas percebi cedo que apenas a beleza não bastava. Ela abre portas, mas não garante longevidade. Foi preciso maturidade, reinvenção e provar diariamente meu talento como estilista”, afirma.
Para Charles, moda e beleza estão interligadas, mas o verdadeiro impacto está na autoestima que suas criações proporcionam. “Minhas roupas funcionam quase como terapia. Ouço cada cliente, procuro entender como ela quer se sentir. A moda tem o poder de transformar a percepção que temos de nós mesmos”, explica.
No Brasil, conquistar espaço não foi fácil. “O preconceito ainda é forte por aqui. Se você não faz parte do grupo hypado, fica difícil entrar em grandes editoriais. No exterior, sou chamado para inúmeros trabalhos e me sinto realmente valorizado”, conta.
Mesmo diante de um mercado competitivo, Charles acredita que a moda continua sendo uma ferramenta de expressão de identidade e valores. “Ela sempre comunicou algo. Houve momentos em que perdeu voz, mas vejo um renascimento desse movimento, e isso me deixa otimista”, conclui.