Inteligência Artificial Generativa revoluciona o Direito e inspira nova pós-graduação
No universo jurídico, o texto sempre foi o elemento central: interpretar, argumentar e produzir documentos são atividades essenciais na rotina do profissional do Direito. Hoje, esse cenário tradicional passa por uma transformação profunda com a chegada da inteligência artificial generativa. Ferramentas como ChatGPT, Claude e Gemini não apenas aprimoram processos existentes, mas redefinem a maneira …

No universo jurídico, o texto sempre foi o elemento central: interpretar, argumentar e produzir documentos são atividades essenciais na rotina do profissional do Direito. Hoje, esse cenário tradicional passa por uma transformação profunda com a chegada da inteligência artificial generativa. Ferramentas como ChatGPT, Claude e Gemini não apenas aprimoram processos existentes, mas redefinem a maneira como advogados, juízes e pesquisadores lidam com informações e construções jurídicas.
Especialistas destacam que a IA atua como aliada estratégica em pesquisas, elaboração de petições e contratos, e até na identificação de argumentos que poderiam passar despercebidos. Escritórios, tribunais e instituições que integraram essas tecnologias relatam aumento de eficiência, maior precisão nos trabalhos e novas oportunidades de inovação. Ao mesmo tempo, profissionais que ignoram essas ferramentas correm o risco de perder competitividade em um mercado cada vez mais exigente.
O grande desafio é aprender a utilizar a IA como extensão do pensamento humano, sem abrir mão da análise crítica e da autonomia intelectual. “A tecnologia deve complementar, e não substituir, o raciocínio jurídico”, ressaltam especialistas da área. Isso envolve compreender comandos, limitações e, principalmente, os aspectos éticos e legais do uso dessas soluções.
Para preparar profissionais para essa realidade, foi criada a Pós-Graduação Lato Sensu em Inteligência Artificial Generativa Aplicada ao Direito, coordenada pelo juiz federal Dr. George Marmelstein. O curso tem como objetivo capacitar juristas a explorar o potencial das ferramentas de IA de forma técnica e ética, promovendo uma integração equilibrada entre habilidades humanas e tecnológicas, sem comprometer os princípios do Estado Democrático de Direito.