Especialista Ozni Batista diz que IA e home office podem ajudar a curar até depressão, mas geram alerta

A pandemia da Covid-19, quando fez as pessoas terem que ficar trancafiadas em casa, deu uma alta que não tem como nem medir nos casos de ansiedade, crises de pânico e depressão. Mas depois da pior onda de contaminação e, agora, no momento de retomada geral, os aspectos positivos de trabalhar em casa refletem em melhora de todas essas dificuldades que foram enfrentadas há cerca de dois anos para cá.

“Nos últimos tempos o aumento de depressão e ansiedade se agravou muito. A sociedade em geral, sem excluir idade, classe social ou religiosa… Todos foram afetados. A pandemia veio, no entanto, para desacelerar e escancarar um problema que já vinha acontecendo há algum tempo, mas que, agora, está melhorando pelo ‘lado B’ do que isso tudo mostrou”, considera o empresário Ozni Batista.

Não à toa, empresas e grandes corporações – principalmente as internacionais – já usavam o trabalho remoto até para baratear contratação de mão de obra “importada” sem locomoção. Muitas multinacionais já adotavam o sistema e tinham êxito com a prática. No momento de volta às funções em plena normalidade, o home office, por exemplo, vem sendo usado por empresas não só pela baixa em custo que ele gera, senão pela maior qualidade de vida que ele também pode promover.

Segundo Ozni, os estudos comportamentais em torno dessa tese são quase irrefutáveis. “É nítido que o trabalhador tem uma melhora nesses aspectos quando se engaja nesse tipo de atividade, de forma remota”, corrobora.

Por outro lado, para o investidor, não se pode “nunca”, como ele mesmo diz, esquecer da importância que existe no contato entre pessoas – algo que é extremamente defendido pela geração e fortalecimento de networking, por exemplo.

“O ser humano deseja esse contato. É claro que pode ser uma facilidade para alguns trabalhar em casa, por exemplo. Mas ela uma hora ou outra vai querer ter esse anseio de se sentir acolhida, em turma… Trabalhando com network e marketing eu vejo isso. Quanto mais o cliente se sente reconhecido e identificado, mais ele compra o produto ou ideia do que lhe é oferecido”, destaca.

E termina: “Por isso e por outros motivos correlatos eu falo que a inteligência artificial pode ajudar muito, mas o contato puramente humano não vai perder nunca espaço para a tecnologia dessa forma”.

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