Médico oftalmologista Alex Sá explica que isso acontece devido à oscilação e da queda de estrogênio
Um estudo divulgado pelo Instituto Penido Burnier mostra que, em 2022, o diagnóstico de catarata foi 18% maior nas mulheres do que nos homens que possuem mais de 50 anos. A doença é responsável por 49% da cegueira no país, de acordo com o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO).
A catarata é uma condição caracterizada pelo turvamento do cristalino (lente interna do olho que direciona luz à retina). Segundo o médico oftalmologista Alex Sá, o diagnóstico da doença pode ser mais propício às mulheres devido às mudanças hormonais que acontecem no período conhecido como menopausa.
“As chances de a mulher desenvolver catarata durante a menopausa são maiores. Isso acontece, por causa da oscilação e da queda de estrogênio (hormônio sexual feminino) que acontecem no corpo. Esse processo apresenta sintomas, como diminuição da visão de contraste, dificuldade de adaptação de um ambiente claro para escuro e redução da visão noturna”, explica.
Medidas preventivas contra a catarata
Grande parte das pessoas descobrem a catarata tardiamente, por causa da doença se desenvolver de maneira silenciosa. O banco de dados do SUS (Sistema Único de Saúde) apresenta que, entre 2012 e 2022 houve um aumento de 50,3% no número de internações, passando de 40,6 mil para 61 mil.
O médico Alex Sá aponta que existem determinadas maneiras de prevenir o diagnóstico de catarata, como por exemplo, a adoção de bons hábitos e o controle de doenças, como a diabete.
“Embora seja um problema que todos nós vamos ter, tendo em vista que a causa mais comum é a senil (envelhecimento), pode ser retardado com determinados cuidados e abolição de hábitos prejudiciais. Alguns exemplos são: a proteção dos olhos à luz solar, o controle da diabete e de outras enfermidades e a prática de atividades físicas”, finaliza o oftalmologista.
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