Ela trocou a tecnologia para empreender no segmento erótico. Conheça a trajetória de Suzy Medeiros da Íntima Toys 

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Foi no atendimento ao público consumidor de sexshop que ela enxergou uma oportunidade de iniciar um novo negócio 

O mercado de trabalho para profissionais capacitados no setor de tecnologia é promissor. Diariamente são oferecidas inúmeras vagas de emprego para esse mercado, atraindo milhares de candidatos aptos a transformar e revolucionar a vida em geral. Essa era a expectativa de Suzy Medeiros, especialista em Redes de Computadores e atuante no mercado de tecnologia bancária durante 06 anos. 

“Trabalhei muito feliz no setor financeiro, em sua vertente tecnológica, mas a vida sempre reserva algo diferente para nós” diz, bem humorada, a empreendedora de 38 anos. 

A primeira mudança radical na vida profissional se deu após sua saída da instituição. Na sequência, um convite familiar para formar uma sociedade no segmento de bebidas foi o pontapé que precisava para desenvolver suas qualidades como empreendedora e no trato ao público. Nesse período, Suzy estava grávida de sua filha e os cuidados com a gestação, ao mesmo tempo em que haviam responsabilidades do comércio em sociedade, eram seus maiores desafios. 

“Meu tempo era de dedicação total a gestação e administração da loja. Foi bem desafiador, mas dei conta do recado. O comércio é pequeno e está focado em atender ao público local, porém foi bem recebido na região. Nossa experiência tem sido muito promissora, principalmente pelo retorno em diferentes vias: financeiro, o fortalecimento da marca e, claro, a boa desenvoltura no atendimento ao público que criei com o tempo. O feedback dos clientes sempre foi meu termômetro em tempo real.” conta Suzy. 

A boa desenvoltura de Suzy com os clientes é fruto das experiências de empregos no setor de comércio. Ela conta que seus empregos anteriores ao mercado tecnológico foram base para o comércio. “A exemplo de muitas pessoas, comecei a vida profissional no comércio de rua. Lojas de diferentes segmentos e com vários perfis de clientes. Cada pessoa é única, literalmente, e isso me ensinou a lidar da maneira correta com essas diferenças” acrescenta. 

Com uma irmã, Suzy ingressou no ramo de alimentação e inaugurou uma tapiocaria. “Era minha primeira investida em oferecer um produto bem consumido, preparado com ingredientes de qualidade e preço justo. Infelizmente a pandemia afetou a continuidade desse projeto e precisamos fechar a loja.” Desabafa. 

Desde março de 2020 muitos empreendedores sofreram com o agravamento da COVID-19 no Brasil. Fontes de renda foram perdidas, negócios familiares dissolvidos e vários sonhos frustrados pela disseminação da doença. O saldo negativo desse período foi muito grande, mas Suzy viu nesse furacão uma oportunidade que estava adormecida em sua mente: o mercado erótico. 

“Sempre fui consumidora de brinquedos eróticos de diferentes lojas virtuais. A pandemia mostrou que as pessoas se divertem muito com esses produtos, não é a toa que os comércios desse segmento registraram uma alta considerável desde o ano passado. Era o meu momento de mudar de lado e oferecer experiências únicas” diz. 

Suzy assistiu a uma participação da empresária Maisa Pacheco na televisão e o anúncio do início de sua rede de franquias pelo Brasil. Algo inédito, já que Maisa, instalada há mais de 20 anos na Rua da Consolação (em frente a Av. Paulista, ponto icônico da capital de São Paulo), vendia exclusivamente no espaço físico e em seu site. “Vi que esse seria mais um negócio que eu poderia fazer com qualidade e autoridade. Sou consumidora, conheço esses produtos, sei como dialogar com o público consumidor.” Reflete. 

A empreitada deu certo. Hoje, Suzy comanda a Intima Toys, um dos cases de sucesso do modelo de revendedoras de Maisa Pacheco que oferece plataforma digital completa que inclui a instalação da loja virtual, sistema de pagamentos, controle de estoque e logística. O plano de negócios é baseado em margens de lucro atrativas, com flexibilidade nos ganhos e ofertas exclusivas para os clientes finais de cada revendedora. “A liberdade de unir o mercado que me agrada e seu retorno financeiro me traz satisfação. Satisfação em oferecer um bom atendimento, acreditar no que proporciono e na devolutiva comercial. Um modelo que vejo com bons olhos.” Complementa. 

Segundo Suzy, a facilidade de gerir o negócio através da internet, de maneira remota, é mais uma oportunidade de organizar seu tempo e participar, ativamente, da criação de sua filha. “No comércio de bebidas eu estava em processo de gestação e tinha muitas atividades presenciais durante o dia. Quando resolvi ser uma revendedora Maisa Pacheco, tive a possibilidade de passar mais tempo em casa e manter a loja organizada.” Finaliza.

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