Descomplicar a política: Rodrigo Fazito dá dicas de como falar de política de forma popular e simples

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Com mais de 15 anos de experiência em sua carreira política, Rodrigo Fazito, de São Paulo fala com mais clareza sobre a temática da política descomplicada. Fazito ressalta a importância de, ao mesmo tempo que não devemos deixar de lado a apuração, clareza e verdade das informações, transmití-las com o máximo possível de simplicidade e linguajar popular para que todas as pessoas compreendam do que se trata. “O tema política sempre gera debates altivos de difícil acesso ao povo. É importante a gente dizer que a nossa política tem se tornado um tema muito distante do povo, algumas pessoas nomeiam como algo chato e muito difícil de entender recorrendo a termos e porcentagens, métodos que a população mais simples não compreende”, afirma.

Rodrigo Fazito ainda recorda que atualmente até mesmo a pessoa com um grau maior de estudo costuma não entender o assunto quando a pauta é política. Ao olhar, de forma panorâmica para a Política Brasileira, o quadro ainda é mais preocupante. 9 em cada 10 brasileiros afirmam não se interessar por política por conta da linguagem difícil. “É possível descomplicar a política falando o básico sem falhar com a verdade. Quando fazemos isso, percebemos que não estamos fugindo dos problemas reais do país, tanto de gestão política, quanto de sociedade revelando um nível de certeza e de credibilidade na própria fala. E digo mais: vemos muitos candidatos por aí que apresentam um plano de governo fraco por não conseguirem traduzir o que deseja em linguagem simples. As vezes ele tem um projeto excelente, mas está ‘criptografado’ pelos dados, porcentagens, números, impedindo a pessoa simples de entender”, menciona Rodrigo.

Não se trata de reforçar que devemos simplificar a pauta abandonando os recursos essenciais de envolvimento de pesquisas, estudos, geografias etc. Tudo isso é o básico para que tenhamos convicção e o máximo de credibilidade possível ao abordar com clareza um assunto que envolva o povo. Tem-se que pesquisar sempre, e em todos os dias, não podemos abandonar essas ferramentas. Rodrigo Fazito alerta para que, quando a pauta é direcionada à população, e esta é uma massa mais simples, é preciso deixar um pouco de lado os termos técnicos e abordar o tema de forma mais objetiva trazendo elementos culturais e da realidade concreta de quem está nos escutando. “Se a população está sem professores na escola, por exemplo, a população não quer saber da porcentagem de gastos do quadro educacional, ela quer saber que dia terá um professor em sua escola. E tudo isso tem que ser exemplificado da forma mais direta e clara possível”, exemplifica Fazito.

Por fim, é preciso também nos desvencilhar das ideologias partidárias que há na maioria dos países do mundo. Se é de A, ou de B, ou ainda de C, e se isso se enraíza na consciência do povo, é importante transmitir um ensinamento que ultrapasse essas ideias e aborde a temática política de forma mais social e ampla, que diga, de fato, sobre o povo e sobre quem o governa.

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