Como ter equipes lideráveis
Não há equipes que não sejam passíveis de liderança ou gerenciamento. Há, sim, líderes ou gerentes que não conseguem liderar ou gerenciar pessoas.
Isso porque o exercício da liderança requer muito trabalho. O primeiro passo é se conhecer. Saber quais são suas competências e qualidades e também quais os defeitos que precisam ser vistos com clareza.
Este processo não é estanque. É contínuo no tempo e nunca terminará, pois tudo que nos cerca é mutável e dinâmico.
Depois, e tão importante quanto o primeiro passo: é preciso conhecer a empresa. Conhecer profundamente: o que faz e por quê? Como faz? Quais são seus objetivos, seus resultados, sua visão, missão e valores na prática; sua cultura organizacional, como é o mercado em que atua, quais são os concorrentes, fornecedores, clientes etc. Independente da área de atuação do líder, ele precisa saber essas coisas, talvez com maior ou menor peso dependendo da área de atuação. Se for da área comercial, é claro que os conhecimentos de mercado terão um grande peso, por exemplo.
E, por fim, tendo a mesma relevância do acima citado: é preciso, claro, conhecer os membros da equipe. Mas conhecer não significa somente saber os nomes. É ter a consciência de que cada pessoa da equipe é um ser único. Cada qual possui necessidades e ambições próprias, objetivas e subjetivas, frutos da história de cada um. Transformar pessoas diferentes, de crenças diferentes, com visões de mundo nem sempre iguais, num time com objetivos corporativos comuns, dá um ‘trabalhão’ e requer muita dedicação no dia-a-dia. Não se cria relações de confiança, saudáveis e profícuas num dia e, muito menos, por imposição.
O líder precisa ter clareza de que faz parte do time. De que aprenderá com o time e o time aprenderá com ele. A transparência e respeito nas relações ajudarão na construção mais rápida.
Criar indicadores de desempenho para avaliação de resultados claros e objetivos é fundamental. Compartilhar, sempre que possível, decisões que interfiram na equipe e resultados também.
Externar com firmeza, sem perder o respeito, problemas que estejam ocorrendo. Estar sempre atento para as dificuldades de cada um e atuar para contribuir na solução dos problemas. Treinar continuamente a equipe e até individualmente quando necessário. Treinar pode ser somente uma boa conversa, inclusive.
Não se permita achar que a verdade é sua. Ouça sempre. Sempre esclareça as razões desta ou daquela situação ou decisão.
Por fim, para formar equipes lideráveis, empatia e humildade ajudam bastante.
Autora: Silvia Sanches especialista em transformação comportamental